'Fui trouxa ao olhar, Olhar para o mar, Imerso em sensações, Emoções. O mar de repente se torna negro, O que antes era integro, Agora tudo se corrompeu, Sinto que tudo ao meu redor morreu, Quanto tempo eu ainda tenho? A primeira pessoa aparece no mar, Uma mulher me dando um olhar, Incerto e perdido, Ela vai me abraçar e eu então abraço por instinto, A incerteza adentra enfim meu corpo. A segunda figura me parece familiar, Parece alguém querendo se reconciliar, Me causa uma sensação estranha no estômago, De novo cedo e a insegurança volta, Como se nunca tivesse ido.'
Você me diz chorando Não faça isso ser em vão, Mas eu não sei ser eu Sem estragar as coisas Não sei ser Eu, Sem errar algumas vezes, Algumas várias vezes, Eu sou teimoso e demoro para aprender Eu penso mais desculpas, Do que qualquer outra palavra em mim, No dicionário, Minha alma pede desculpas, Desculpas por existir. Eu me coloquei em sua vida, E acabo te machucando, Aposto que já está pensando, Como seria bom não ter me conhecido, Eu te entendo, Todos chegam nessa fase comigo. Eu estou desolado, Mas não posso te pedir para ficar, O erro foi meu, Se vá, Pode falar para que eu vá embora. Prometo guardar as melhores memórias, Lembranças, Lágrimas, Abraços. Talvez seja a última vez, Que me veja, Que leia algo meu, Desculpa.